sábado, 17 de agosto de 2013

17/08/13

E como passatempo, fui escrever: "Andava pensando em escrever textos, com vocabulário difícil, que pudessem substituir palavras comuns nas quais não tinha coragem de falar. Ouvia músicas tentando achar inspiração. Acabou mandando apenas um “oi”, mas não foi o suficiente. Coitada da pessoa que não soube quanto sentimento reprimido havia naquele simples oi. Carregava um coração magoado juntamente com uma alma orgulhosa, na qual não a deixava passar todo seu sentimento para ninguém. Fazia de conta que estava bem, botava na cabeça que tinha esquecido. Queria mesmo era se sentir protegida, talvez um pouco amada, como há algum tempo atrás. Seu coração ia se despedaçando aos poucos, via-se claramente em seus olhos. Queria tanto ler um “oi” como resposta, já bastaria, porque sabia que um “preciso de ti” seria demais. Acolhia-se em abraços, quaisquer que sejam, procurando um carinho, que lembrasse o abraço que tanto sente falta. Começou a se achar louca, por dar tanta importância a alguém que nem sabia da metade do que passava. Infelizmente ter convivido tanto tempo com aquela pessoa parecia um erro, porque hoje só desejava esquecer-se de tudo. Decidiu mudar forçadamente pra ver se conseguiria mais uma chance, quem sabe? Planejou tanta coisa, e nunca deu em nada. Quis ser amada novamente, agora não importava por quem, cansou de ser solitária, cansou de ser vazia e sentir um vazio dentro de si. Não deu certo, como sempre. Então persistiu, escreveu então: “Sim, errei, errei e muito, mas hoje sinto falta, falta por ter aprendido tarde de mais, por não ter te dado o valor que deveria, por ter perdido o que sempre procurei, e hoje, agonizo em saber que você já me esqueceu, assim tão fácil. Aliás, não te tiro a razão, apenas queria ouvir sua voz de novo, e saber que ainda és meu.” Mandou com medo, talvez da resposta ou apenas da reação que ele teria ao ler. Permaneceu com coração apertado até sentir seu celular vibrar avisando que tinha uma nova mensagem. Lá estava o que já esperava, mesmo não querendo. Uma resposta fria, na qual estava acostumada a receber. Aquele vazio em seu coração aumentava cada vez mais, e pra piorar, relia milhões de vezes aquelas mensagens e chorava, desabafando em lágrimas. Estava cansada de tudo, dessa rotina, mas ao mesmo tempo presa em uma louca esperança de voltar para os braços daquela pessoa. Ignorou cada comentário de “ele não te merece” “desiste” “segue em frente”, insistiu no que achava que a fazia bem. Pensando que no final do texto que pretendia fazer, haveria um final feliz. Hoje soube que não adiantava mais, percebeu que ele já seguiu em frente, coisa que ela deixou de fazer. Soube que ele estava com outra e com uma tristeza enorme viu que não, seu texto não teve um final feliz, apenas o final que tinha que ter. Arrependeu-se amargamente de muitas coisas que fez, que errou e que insistiu sem precisar, mas não arrependeu de ter amado-o, por simplesmente ter conhecido a felicidade que é de ser realmente amada. Continua tendo lembranças fortes, ás vezes deixa cair uma lágrima sem perceber, mas hoje se reserva mais, já que aprendeu que não se deve entregar-se sem realmente conhecer aquela pessoa. Consequentemente houveram mudanças, se sente menos sentimental e lida com as coisas com mais frieza. Já a história de amor, ela deixou para mais tarde.

sábado, 3 de agosto de 2013

P.

Eu lembro de cada coisa... Sim, eu ainda lembro. Apesar de você ter me esquecido tão facilmente como a água que caiu naquela manhã de inverno. Quero que saibas o quanto eu sofri toda vez que eu olhava para aquele seu rosto de quem não sabe o que quer. Eu sei o que você quer. Sei que não sou eu, nunca mais. Eu fiquei noites e mais noites acordada criando todas as paranoias possíveis para que você voltasse. Sei que não fui a melhor pessoa do mundo, mas você também não é nenhum coitadinho precisando de abrigo nas noites medonhas. Quantas vezes eu chorei e você ficava lá com seus "amigos" que nunca derramaram uma lagrima por você. Quantas vezes me trocou, me magoou e depois veio pedir mil e mil desculpas e eu burra, retardada, achando que tudo seria diferente depois (mas não foi nem um pouco parecido com isso) Quero que faças a conta de tudo, cada lagrima, cada sorriso, cada abraço e sentimentos puros durante esse tempo que você diz por ai que foi uma eternidade. Eu dei o melhor de mim, dei minhas noites em claro, minhas músicas prediletas (eu me arrependo), dei meus choros durante todos os dias e o que você deu em troca? Não responda. Eu lembro dos lábios  tremendo ao dizer "Eu não vivo sem você", então diga que não volta mais pra minha vida, que a nossa estrada é bipartida e esqueça o dia em que me conheceu. Eu rezo que sua vida seja doce, seu filho da puta. Maldito seja você.